A rescisão de Rojas e o efeito R&T

Matías Nicolás Rojas Romero, better known as Matías Rojas, a 28-year-old Paraguayan who currently plays as a midfielder for Sport Club Corinthians Paulista. On July 3 he signed a contract with Corinthians worth almost 30 million reais. Being 1 million and 800 thousand dollars in gloves and commissions for businessman and player, since his contract with Racing had already ended and 4 million and 320 thousand dollars in salary corresponding to 120 thousand dollars per month for 3 years.

For a player who wore the number 10 shirt for such a small price, we should congratulate the board on this find. After all, he was hiring someone who likes to play between the middle and the right wing (a sector that was lacking at the time at Corinthians).

Then the games started, and a characteristic that every Corinthian fan likes, was not present in the Paraguayan (same country as Angel Romero, a striker who collected titles at Corinthians and stood out for his determination on the field, for not giving up on any move and running until the last minute), the speed.

Sometimes it seemed like the player was sleeping on the field, or just stamping the ball as players call it when the player just makes obvious passes and doesn't try any move other than the unexpected one, worthy of a number 10.

The 10 was starting to take its toll, a 10 that made fans remember who wore it before Matías, Roger Guedes. Striker who played on the left wing, and who didn't give up on any play and faced his opponents. Same number 10 shirt, in the recent past, that Danilo wore, who was also not fast, but who enchanted with his plays. Or why not Jadson's 10, who was a midfielder who finishes and scores goals, the same position as Matías.

Then the year 2024 begins, and with Rodrigo Garro taking responsibility on the field, it was believed that Matías Rojas could start to perform, after all he wouldn't need to be the protagonist on the field, and perhaps with fewer spotlights he would perform better. I'm mistaken. He became a luxury reserve, who came on halfway through the second half when the opponents were already tired and could then match the players' speed.

However, one case came to light. Salary delays. Payment that should have been made and was not. And on February 29th, Matías misses training, and decides to talk to the Corinthians board about a possible contract termination. This new board, who had been in the position for 2 months, and not the one who had hired him.

There's no money. The previous board spent more than it earned, hired the wrong people and threw the club into an abyss of debt. With more than 2 billion reais in debt, 200 million of which are for the short term. Salaries were delayed. Other players chose not to face the board on this matter, understanding that after 17 years a new political group was in charge of the team and the debts would be paid, unlike the way R&T acted (Renovação & Transparência, which Renovação had nothing and Much less transparency, since they stated that the debt was 1 billion, and after the defeat in the elections they discovered that it was 2 billion).

The player is within his rights, no one works without being paid. However, he also didn't understand the club he was playing for, the immensity of what it means to play for one of the biggest clubs in the world, the Brazilian with the most FIFA world titles. Which has the second biggest fans in the country. Club that was responsible for the largest displacement of fans to another state in 1976, known as Invasão Corinthiana, which took more than 50 thousand fans to be the visiting fans, occupying more than 1/3 of the Maracanã Stadium, and also responsible for taking more than 30 thousand fans to the other side of the world in Yokohoma, Japan to watch the 2012 Club World Cup.

Matías was at the best club to play for, but perhaps at the wrong time or with ambitions that didn't match what the club could provide. The player will reach an agreement with the board, terminate the contract and remain free. The player leaves happy, as he will go to a place with less pressure and will possibly be paid on time, and Corinthians gets rid of an unmotivated player and a cost close to 15 million reais, half of what should be paid.

Matías Nicolás Rojas Romero, mais conhecido como Matías Rojas, um paraguaio de 28 anos que atualmente joga como meio-campista no Sport Club Corinthians Paulista. Em 3 de julho assinou um contrato com o Corinthians no valor de quase 30 milhões de reais. Sendo 1 milhão e 800 mil dólares em luvas e comissões para empresário e jogador, uma vez que o contrato dele com o Racing já tinha terminado e 4 milhões e 320 mil dólares em salário correspondente a 120 mil dólares por mês durante 3 anos.

Para um jogador que vestiu a camisa 10 por esse preço tão pequeno, deveríamos parabenizar a diretoria pelo achado. Afinal, estava contratando alguém que gosta de jogar flutuando entre o meio e a ponta direita (setor que estava na época em falta no Corinthians).

Então os jogos começaram, e uma característica que todo torcedor corinthiano gosta, não estava presente no paraguaio (mesmo país do Angel Romero, atacante que colecionou títulos no Corinthians e se destacava por sua garra em campo, por não desistir de nenhuma jogada e correr até o último mínuto), a velocidade.

Por vezes parecia que o jogador estava dormindo em campo, ou apenas carimbando a bola como os jogadores chamam quando o jogador apenas faz passes óbvios e não tenta nenhuma jogada fora da inesperada, digna de um camisa 10.

A 10 estava começando a pesar, 10 que fez os torcedores lembrarem de quem usava ela antes de Matías, Roger Guedes. Atacante que jogava pela ponta esquerda, e que não desistia de nenhuma jogada e enfrentava os adversários. Mesma camisa 10, em passado recente, que vestiu Danilo, que também não era veloz, mas que encantava com suas jogadas. Ou porque não a 10 de Jadson que era uma meio-campista que finaliza e fazia gols, mesma posição de Matías.

Então começa o ano de 2024, e com Rodrigo Garro chamando a responsabilidade dentro de campo, acreditava-se que Matías Rojas poderia começar a render, afinal não precisaria ser o protagonista em campo, e talvez com menos holofotes desempenhava melhor. Ledo engano. Se tornou um reserva de luxo, que entrava na metade do segundo tempo quando os adversários já estavam cansados e então poderia igualar a velocidades dos jogadores.

Porém um caso veio à tona. Atraso de sálarios. Pagamento que deveriam ter sido efetuados e não foram. E no dia 29 de fevereiro, Matías falta ao treino, e decide conversar com a diretoria do Corinthians para uma possível recisão de contrato. Diretoria essa nova, que estava a 2 meses no cargo, e não aquela que havia lhe contratado.

Não há dinheiro. A diretoria anterior gastou mais do que arrecadou, contratou errado e jogou o clube em um abismo de dívidas. Com mais de 2 bilhões de reais em dividas, sendo dessas 200 milhões para o curto prazo. Os salários atrasaram. Outros jogadores escolheram não enfrentar a diretoria sobre esse assunto entendendo que após 17 anos um novo grupo político estava sobre o comando do time e as dívidas seriam pagas, diferente do modo que a R&T agia (Renovação & Transparência, que de Renovação não teve nada e Transparência muito menos, uma vez que afirmavam que a dívida era de 1 bilhão, e após a derrota nas eleições descobiram se tratar de 2 bilhões).

O jogador está no direito dele, ninguém trabalha sem receber. Porém ele também não entendeu o clube que estava jogando, a imensidão do que é jogar em um dos maiores clubes do mundo, o brasileiro com mais títulos mundiais da FIFA. Que tem a segunda maior torcida do país. Clube que protagonizou o mais deslocamento de torcedores para um outro estado em 1976, conhecido como Invasão Corinthiana que levou mais de 50 mil torcedores para ser a torcida visitante ocupando mais de 1/3 do Estádio do Maracanã, e também responsável por levar mais de 30 mil torcedores para o outro lado do mundo em Yokohoma no Japão assistir o Mundial de Clubes de 2012.

Matías estava no melhor clube para se jogar, mas talvez na época errada ou com ambições que não condiziam com o que o clube poderia proporcionar. O jogador irá entrar em acordo com a diretoria, rescindir o contrato e seguir livre. O jogador sai feliz, pois irá para um lugar com menos pressão e que irá possivelmente receber em dia, e o Corinthians se livra de um jogador desmotivado e deum custo próximo de 15 milhões de reais, metade do que deveria ser pago.